Exames de imagem são importantes pois auxiliam o clínico a entender melhor o que ocorre com o organismo do paciente. Eles servem para descartar alterações graves - como malignidades - e com eles também se observa fraturas, variações anatômicas, alterações teciduais, inflamações e podem inclusive alterar a conduta quiroprática. Cada exame tem uma sensibilidade para um tipo específico de tecido e geralmente se segue um protocolo de solicitação, para evitar expor o paciente, por exemplo, a radiação ionizante sem necessidade ou mesmo para que ele gaste com um exame com um valor mais elevado enquanto um mais simples e barato já serviria.
Radiografia
Um dos exames mais básicos utilizados, tem um certo grau de radiação ionizante. Ele serve para observar estruturas ósseas, como fraturas (e a sua posterior consolidação/reparo), ajudam a verificar a angulação, a gravidade e também a progressão de uma escoliose, pode se observar instabilidade articular, medir o comprimento das pernas/coxas (chamado escanometria) e até é possível supor a densidade óssea do paciente (pois quando a radiografia da coluna fica mais escura, quer dizer que aqueles ossos perderam cálcio) e pode ser necessário fazer uma densitometria óssea para confirmar isso.
Radiografia de uma pelve normal.
Caso cortesia do Dr Bruno Di Muzio, Radiopaedia.org, rID: 38402.
Tomografia Computadorizada
Tomografia computadorizada é um procedimento de imagem que usa raios-x para construir imagens de segmentos seccionados, isso é, fatias corporais. É um exame mais aprimorado que a radiografia e é feito por reconstruções das imagens por computador, tendo uma boa precisão e pode inclusive mostrar imagens em 3D. Serve para observar melhor as fraturas ósseas, vasos sanguíneos e com o auxílio de contraste pode identificar diferentes tipos de lesões. Tem radiação ionizante em dose maior que as radiografias.
Tomografia computadorizada 3D pélvica.
Caso cortesia do Dr Varun Babu rID: 57318
Ultrasonografia
Utiliza frequências sonoras para gerar imagens pela reverberação do som sobre os tecidos. Ele é um exame barato e não possui radiação ionizante, porém possui algumas limitações, sendo menos preciso que os demais exames de imagem. Ele não alcança a medula óssea nem tumores ósseos, mas pode ser utilizado para observar músculos e estruturas superficiais do corpo. Além disso é um exame de baixo custo.
Ultrasonografia da articulação metatarso-falangeana.
Caso cortesia do Dr Maulik S Patel rID: 32235
Ressonância magnética
É um exame de alta definição que utiliza um campo magnético que "alinha" temporariamente os elétrons do corpo humano e através disso cria uma imagem precisa do organismo. Não é ionizante. Não é possível fazer em gestantes pelo movimento do bebê que altera esse "alinhamento" dos elétrons e prejudica a formação da imagem. Deve-se evitar objetos metálicos e sempre informar a presença de objetos metálicos, placas e pinos, jóias, etc. Excelente para observar lesões de menisco, hérnias de disco, rompimento de tendões e ligamentos.
Existem diversas modificações e alterações de contraste, saturação e carga radiológica que pode ser modificada de acordo com o que se está buscando com os exames além de diversos outros que podem ser solicitados. No Brasil os quiropraxistas tem autonomia para requerem esses exames, mas somente quando o paciente paga de forma particular. Os planos de saúde ainda não aceitam solicitações de quiropraxistas brasileiros, e acaba se sugerindo que o paciente peça ao seu médico de confiança essas solicitações, de modo que consiga usufruir dos benefícios do plano, como valores mais baixos ou até a isenção do pagamento de exames de imagem.
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