Quando um paciente relata fraqueza nos membros, tanto superiores quanto inferiores, eu penso em testar duas coisas: músculos e nervos. Pode ser que os braços/antebraços estejam tão tensionados (talvez por esforços repetitivos) que a pessoa perde a força (até mesmo pela dor) desses músculos que já estão sobrecarregados. Quando se descarta questões musculares (através de testes de força, história relatada pelo paciente e palpação muscular), o problema pode ser:
1 – as articulações estão subluxadas (desalinhadas) e estas podem ser da coluna, ombro, cotovelo, punho, etc, que acabam comprometendo o adequado funcionamento do membro fazendo ele não responder adequadamente ao que o cérebro pede ou
2 – os nervos que vão para os braços desenvolveram o que chamamos de tensão neural adversa, (em algum momento do passado o nervo pode ter sofrido algum dano, mesmo que leve, que levou-o a inflamar). Isso pode ter ocorrido por longo tempo com subluxações cervicais ou lombares que comprometem o fluxo sanguíneo para o próprio nervo, tensões nos músculos (que podem “estrangular” esses nervos em sua passagem, batidas (quem nunca bateu o cotovelo e sentiu um choque para os dois últimos dedos da mão?) ou até mesmo estiramentos (como um puxão - numa luta ou quando o ônibus dá um arranque rápido e você se se segura com o braço esticado mas evita cair). Todos esses traumas podem causar um edema (inchaço) do nervo, que faz com que este inflame e acabe “raspando” nos tecidos em volta (músculos, osso, camada de gordura, fáscia). Quando ele fica raspando pode comprometer a força e a sensibilidade na região.
Tanto em questões musculares quanto na tensão neural adversa a quiropraxia pode ajudar. Com técnicas próprias e ajustes quiropráticos, os músculos retornam ao tônus adequado e com os procedimentos de neurodinâmica é possível facilitar que o nervo que está comprometido possa “deslizar” pelos tecidos adjacentes sem interferências. Esses procedimentos são bem específicos e devem ser realizados com criteriosa avaliação, procedimentos leves e na tolerância do paciente para garantir uma recuperação plena e a dor e sensibilidade diminuam.
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